Todos poderiam pensar que a proposição do técnico Eusébio Di Francesco hoje em campo seria aquela de poupar jogadores para o próximo jogo pela Champions com o Real Madrid, mas convenhamos que na atual situação qualquer suposição é leviana. Pela enésima vez uma formação diferente entra em campo nessa temporada e a impressão que fica é de que o técnico giallorosso vem desesperadamente achar na marra um apurado que possa apresentar um futebol decente, deixando a crer que turnover possa configurar, a priori, como uma boa desculpa. No entanto cabe ressaltar que para vencer é preciso também determinação, vontade e pegada nesse sentido. É plausível quando se propõe dar um voto de incentivo para Patrick Schick, aproveitando o momento e estimulando o atacante a tomar gosto pelo sentido maior da sua competência, mas aí vem o caso de sobretudo mostrar ambição, e o que vimos foi um jogador escondido ou se esquivando da oportunidade lançada. É mais grave tecnicamente porém, quando se chega a quase 70 minutos para tomar uma atitude que venha mudar o panorama, como se o resultado ou a importância desse jogo não tivesse mínimo sentido. Nisso pesa demais a responsabilidade do treinador: quando um time não apresenta qualidade cabe o outro lado buscar soluções tomando medidas necessárias para buscar o equilíbrio. Infelizmente acho pouco provável Eusébio continuar, o que definitivamente, além de gerar um estresse desnecessário para o ambiente nesse momento, gerará um atrazo na evolução de uma equipe, com treze rodadas já disputadas, ainda sem identidade.